8 de outubro de 2008

Da escrita como forma de comunicação privilegiada

Escrevo por nenhuma razão além do exorcismo que isso sempre constituiu para mim.
Escrevo por exorcismo dos meus demónios, dos meus medos, dos meus fantasmas.
Escrevo para me manter em voo planado, quando o abismo se abre debaixo de mim.
Escrevo esta conversa que mantemos e que tememos que acabe: espécie de morte à espreita.
Escrevo constantemente as mesmas coisas, usando doutras palavras, enredo enredado, novelo que tricoto e desfaço, Penélope do meu Ulisses, esperando, esperando, esperando.

2 comentários:

Anónimo disse...

estás muito melancolica ou é impressão minha

Maria Filomena Barradas disse...

A vida segue dentro de momentos...