10 de março de 2007

Por cada porta que se fecha, há uma porta que se abre

Deu-se o caso de mais uma vez ter sido apanhada em excesso de velocidade. Seguiram-se meses de tortura e sofrimento à espera de receber da DGV a pena acessória, já que a multa tinha sido paga na hora. Portanto, esta semana fui levantar a carta registada da DGV e fiquei a saber (cof cof) que estou inibida de conduzir durante 90 dias.
Talvez porque estivesse sol, talvez por ter sofrido tanto por antecipação, talvez porque temos de viver com estas fatalidades da vida, dei comigo a sentir-me um bocado indiferente aos 90 dias sem carta. Aos três meses de Março a Junho sem visitar os pais; sem poder ir ao supermercado ou a Lisboa quando me der na real gana. Ainda telefonei à amiga advogada a pedir-lhe um novo salva-vidas. Mas mal desliguei o telemóvel percebi que a única solução digna que me restava era aceitar o meu destino de cabeça erguida.
Viver três meses sem carro significa uma poupaça significativa em gasóleo e em quilómetros (a revisão dos 80 mil quilómetros não será antes do Verão); usarei os transportes públicos ou terei de andar à boleia, o que representa uma poupança quer para a minha carteira, para o meio ambiente. Em simultâneo, porque terei de andar a pé, farei exercício. Ora subir os 300 metros da rua principal do meio bairro não é pera doce. 40 minutos diários de caminhada como me recomendou há anos o nutricionista. Ao fim de três meses terei os glúteos e os abdominais mais tonificados. Para conseguir subir a rua em condições preciso de uns ténis e uma mochila para levar o portátil e demais tralhas para a Escola.
Quando chegar Junho, estarei já ligeiramente morena.
E quando voltar a ter a carta, a primeira coisa que tenho de fazer é meter-me no carro e ir dar o primeiro mergulho de 2007 na água azul-turquesa da Praia do Pêgo.



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