9 de fevereiro de 2005

Reciclagem

Já experimentaram meter uma caixão de cartão do Ikea num Papelão? Tarefa hercúlea. Explico:
Comprei uma cadeira de escritório (custou menos 40 euros, o que foi bom!). A montagem correu bem, sem percalços de maior, sob o olhar sapiente do meu pai. Os problemas só começaram quando o meu espírito ecológico se manifestou.
Das poucas vezes que vi as acções de sensibilização do Manuel Luís Goucha na TVI percebi que uma das coisas a fazer ao cartão era diminuir-lhe o volume para que o contentor pudesse levar mais papel, e mais pessoas pudessem reciclar-- e foi o que fiz. Espalmei a embalagem, mas nem isso foi suficiente.
Não sei que outros municípios têm o mesmo mobiliário urbano que temos aqui em Montemor. Os contentores para resíduos domésticos são moloks e os contentores para resíduos recicláveis são parecidos, para combinarem com o que já estava. A ideia é boa. Só que os rapazes inventores do conceito "ecoponto-molokeiro" esqueceram-se de que os resíduos recicláveis são muitas vezes de grandes dimensões. A abertura do Papelão é perfeita para uma resma de folhas A4, para Expressos velhos, Públicos que já não interessam e para os testes dos meus alunos. Agora para caixas de cartão... nem pensar! Este tipo de coisas irrita-me um bocadinho, porque as pessoas ficam logo desmotivadas para a reciclagem...
Em Portalegre, o ecoponto de que me sirvo tem aberturas maiores, mas, está colocado numa zona de grande inclinação. Além disso, a frente do ecoponto está virada para a rua principal do bairro: é vulgar andar gente a reciclar enquanto passam carros. Bastava pôr os ecopontos de costas para a rua e pronto!, muito mais seguro!
A somar a isto tudo, há a pavorosa campanha do "Pilhão", que mete medo ao susto!
Ainda bem que a malta percebe a mensagem sem ser precisa publicidade.

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Um dos momentos de maior hilariedade da passada segunda-feira foi quando eu e o António estávamos muito compenetrados a ouvir as notícias da economia na 2: e a jornalista disse: "Em Portugal 9 em cada 10 habitantes têm telemóvel. Este número só é ultrapassado pela Finlândia, Luxemburgo, França, Itália, Dinamarca, Holanda, Reino Unido, França, Espanha, Grécia e Andorra". Não foram estas as palavras exactas, mas dá para perceber a ideia, não?

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